Porquê Entre DOURO e MINHO ?


Porque, nasci numa cidade duriense das mais bonitas, Lamego. Porque, migrei para a cidade de Gaia, no início da década de 60, onde vivo a minha juventude, e permaneço até hoje. Porque, a partir da década de 90 divido a minha vida, com Cabeceiras de Basto.
É Entre DOURO e MINHO, porque complemento a minha vida com o rural duriense, o rural minhoto e o urbano, do litoral. Será desta grande região, tão diferente entre as suas gentes, mas tão NORTENHAS, que exporei uma das minhas grandes paixões - como amador e autodidacta - a fotografia, bem como escritos sobre esta tão vasta região...

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Lobo do Mar

Esta foto foi tirada da margem do rio Douro, na ribeira de Gaia.
Serve de apresentação ao poema Aleluia de Pedro Homem de Mello.

Este poema esteve patente muitos anos no antigo Estádio das Antas, num quadro de azulejos emoldurados, fazendo parte do cenário do hall de acesso à zona do departamento de futebol profissional, aquando da demolição, ficou intacto ainda com restos de parede e está agora no Museu do F. C. Porto, segundo informação que obtive junto de Armando Pinto do blogue Memória Portista.




                            ALELUIA!

                           Dúvida? Não. Mas, luz, realidade
                           e sonho que, na luta, amadurece.
                           – O de tornar maior esta cidade.
                           Eis o desejo que traduz a prece.
                           Só quem não sente o ardor da juventude
                           poderá vê-la, de olhos descuidados.
                           Porto – palavra exacta. Nunca ilude.
                           Renasce, nela, a ala dos namorados!
                           Deram tudo por nós estes atletas.
                           Seu trajo tem a cor das próprias veias
                           e a brancura das asas dos poetas…
                           Ó fé de que andam nossas almas cheias!
                           Não há derrotas quando é firme o passo.
                           Ninguém fale em perder! Ninguém recua…
                           E a mocidade invicta em cada abraço
                           a si mais nos estreita. A pátria é sua.
                           E, de hora a hora, cresce o baluarte!
                           Lembro a torre dos Clérigos, às vezes…
                           Um anjo dá sinal quando ele parte…
                           São sempre heróis! São sempre portugueses!
                           E, azul e branca, essa bandeira avança…
                           Azul, branca, indomável, imortal.
                           Como não pôr no Porto uma esperança
                           se “daqui houve nome Portugal”?

                           Pedro Homem de Mello
                           (1904-1984)
                               


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Li-Fi

Segundo os especialistas, em 2019 vão estar em utilização dez mil milhões de dispositivos que usam redes sem fios, públicas e privadas, o que vai esgotar completamente o espectro radioelétrico. Mas já há uma solução: chama-se Li-Fi e usa a luz como meio de transporte para os dados.

«Roubei» esta imagem Aqui:

O que é?
Li-Fi, a abreviatura de Light-Fidelity, é o nome de uma tecnologia semelhante ao Wi-Fi que permite a transmissão de dados através da luz emitida por lâmpadas LED em vez de ondas rádio.
A Li-Fi foi inventada por Harald Haas, professor na Universidade de Edimburgo. Teoricamente, a tecnologia Li-Fi consegue velocidades de transmissão de dados que podem chegar aos 10Gbps, o que é muito superior às das redes Wi-Fi tradicionais. Uma das grandes vantagens é a de permitir a utilização de vários dispositivos num mesmo espaço, sem problemas de interferências entre cada um. Tudo istoé possível porque o espectro da luz visível usado nas redes Li-Fi é dez mil vezes mais amplo que o das ondas radioelétricas usado para fazer funcionar as redes sem fios tradicionais. Outra das vantagens da tecnologia Li-Fi é a possibilidade de utilização em sítios onde as redes sem fios que funcionam através de ondas rádio possam ser perigosas, como em aviões e hospitais.

Como funciona?
No Li-Fi é usada uma lâmpada LED especial que é ligada e desligada de forma tão rápida para transmitir dados, que as alterações são impercetíveis ao olho humano.
Para minimizar possíveis efeitos que as variações de luz possam ter para a saúde, o brilho das lâmpadas é reduzido para uma intensidade quase impercetível.
Apesar de, ao contrário do Wi-Fi, o sinal do Li-Fi não conseguir atravessar paredes, também não é necessário posicionar os vários dispositivos em linha de vista com as lâmpadas que são as fontes da ligação porque, segundo os últimos testes, a luz do emissor Li-Fi que é refletida pelas paredes consegue transmitir dados a velocidades que chegam aos 70 Mbps. 
Tal como já acontece com as redes Wi-Fi, também as Li-Fi já têm um conjunto de padrões que, no futuro, vão servir para regular a construção, homologação e venda de dispositivos com esta tecnologia. Isto vai ainda garantir que haja interoperacionalidade entre eles. Já existem alguns produtos que tiram partido desta tecnologia, como o BeamCaster da empresa russa Stins Coman, que serve para a criação de redes locais. Por enquanto consegue velocidades de transmissão de dados de 1,25GB/s (Gigabytes por segundo). A empresa espera chegar aos 5GB/s numa próxima versão.

Li este artigo, na Revista PC Guia, nº248 de Janeiro 2016.