Porquê Entre DOURO e MINHO ?


Porque, nasci numa cidade duriense das mais bonitas, Lamego. Porque, migrei para a cidade de Gaia, no início da década de 60, onde vivo a minha juventude, e permaneço até hoje. Porque, a partir da década de 90 divido a minha vida, com Cabeceiras de Basto.
É Entre DOURO e MINHO, porque complemento a minha vida com o rural duriense, o rural minhoto e o urbano, do litoral. Será desta grande região, tão diferente entre as suas gentes, mas tão NORTENHAS, que exporei uma das minhas grandes paixões - como amador e autodidacta - a fotografia, bem como escritos sobre esta tão vasta região...

_____________________________________________________________________________________________

Encosta do Douro (escarpa da Serra do Pilar)



Câmaras vão vigiar percurso junto ao rio até Quebrantões

Arrancaram trabalhos de requalificação da zona ribeirinha. Estão previstas demolições.


A ligação entre o Largo de D. Luís I e o Cais de Quebrantões, na frente ribeirinha de Gaia, cuja reconstrução arrancou há três semanas, vai ter câmaras de videovigilância. A intenção da Autarquia é evitar atos de vandalismo e garantir a segurança de quem lá anda.
São dois quilómetros que representam o primeiro passo da requalificação da encosta do Douro, projeto para 10 anos e para custar 45 milhões de euros. Os trabalhos já arrancaram no primeiro troço, entre o Largo de S. Luís I e o Cais de Quebrantões. A ambição é que esse trajeto possa ser utilizado já no Verão, ainda que de "uma forma provisória", assinalou o vice-presidente da Câmara de Gaia. Marco António Costa precisou que "só no próximo ano serão introduzidas algumas infraestruturas básicas ao longo de todo o percurso".
O projeto prevê a criação de redes públicas de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, além de redes de abastecimento de água e vários pontos de iluminação. Em todo o trajeto, haverá também a remodelação dos pisos existentes e a pavimentação das restantes áreas.
A Câmara de Gaia tem ainda intenção de dotar o espaço com guardas de proteção e com câmaras de videovigilância, "para evitar eventuais situações de vandalismo e, ao mesmo tempo, para as pessoas sentirem-se seguras ao longo de todo o percurso", destacou Marco António Costa.
Nos casos em que os caminhos estiverem inacessíveis, está igualmente a ser pensada a construção de passadiços. "Queremos um percurso pedonal, ciclável e, em alguns pontos, também viário, para total fruição pública da encosta do Douro", justificou.

Demolição de anexos

Durante várias décadas, esse percurso foi usado como acesso viário regular para promover a ligação entre o Centro Histórico de Gaia, as zonas ribeirinhas da freguesia de Oliveira do Douro e a linha de caminho-de-ferro (ponte de Maria Pia). Atualmente, está parcialmente abandonado, com deficientes condições de circulação e de segurança.
Parte do trabalho de limpeza começou ser feito há três semanas - entre a capela do Senhor d'Além e a ponte de S. João -, deixando à vista caminhos até aqui escondidos por mato.
Mas, para serem mantidas as características físicas dos locais, o projeto inclui a demolição de alguns edifícios de natureza clandestina, sem valor patrimonial.
"Até à data deitámos abaixo meia dúzia de anexos, construídos ilegalmente, e que se encontravam há muito tempo abandonados", disse Marco António Costa, prevendo que "seja preciso demolir cerca de 20 arrumos" até a intervenção estar completa.

Recuperação de edifícios

Ao privilegiar a paisagem que se debruça sobre o rio Douro, o novo trajeto vai obrigar a que se recuperem alguns edifícios de valor arquitetónico, como a capela do Senhor D'Além, situada na Rua de Cabo Simão, no sopé da escarpa da Serra do Pilar, sucessora de um hospício carmelita do século XVI, e edificada em 1877, cujo edifício e área envolvente se encontram bastante degradados.
A intervenção também inclui a reconstrução de muros de pedra e limpeza de vegetação invasiva.
A intenção da Autarquia é conseguir "replicar o processo de requalificação da frente de mar, mas agora junto ao rio", explicou o vice-presidente da Câmara.
A intervenção global, com um horizonte temporal de uma década, deverá custar cerca de 45 milhões de euros, dos quais 15 milhões serão investimento público. O projeto dependerá, ainda, de parcerias público-privadas e de uma candidatura a fundos europeus do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).


in JN de 18 de Abril de 2010


PS_ Foto original do autor do blogue.

Sem comentários:

Enviar um comentário